Jorge Larrosa Bondía, com delicadeza, sintetiza por onde desejamos navegar através da jornada Costurando o Tempo:

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“A experiência, a possibilidade de que algo nos aconteça ou nos toque,

requer um gesto de interrupção,

um gesto que é quase impossível nos tempos que correm:

requer parar para pensar, parar para olhar, parar para escutar,

pensar mais devagar, olhar mais devagar, e escutar mais devagar;

parar para sentir, sentir mais devagar,

demorar-se nos detalhes,

suspender a opinião, suspender o juízo, suspender a vontade,

suspender o automatismo da ação, cultivar a atenção e a delicadeza,

abrir os olhos e os ouvidos,

falar sobre o que nos acontece,

aprender a lentidão,

escutar aos outros, cultivar a arte do encontro, calar muito,

ter paciência e dar-se tempo e espaço.”

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Se isto ecoa ou dialoga com algum desejo que você tenha, convidamos você para uma experiência (no sentido proposto por Larrosa): Convidamos você para um processo de desaceleração através de Rodas de Costura e Conversa.

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Cada participante usará retalhos e linhas coloridas como instrumentos para desacelerar e apreciar a jornada, antes de se preocupar com o resultado. Enquanto costura, será convidado a compartilhar sua experiência sobre a prática e as associações que fizer com os temas abordados: como o tempo, o ritmo, os desafios e as dificuldades de sustentar seu ritmo subjetivo frente a demandas externas de aceleração, o reaproveitamento de materiais, entre outros. Mergulhando, assim, em um processo de reflexão e construção de insights sobre formas de lidar com o tempo e desacelerar,

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As obras individuais produzidas durante os encontros estão sendo unidas em um painel coletivo que será destinado para o Instituto Desacelera.

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Nos módulos 1 e 2 da jornada, o bordado livre nos permitiu ressignificar e valorizar o inacabado, os avessos e as imperfeições. No próximo módulo, desejamos experienciar também a manualidade do ambíguo e do informe.

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Para tanto, teremos um encontro especial com a ceramista Mariana Firme, que permitirá às pessoas participantes tanto explorar a pesquisa através de outro tipo de materialidade, como também produzir pequenas peças que poderão ser incorporadas à obra coletiva.

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"Nas margens entre sólido e fluído, o barro é matéria do tempo (...) maleável, sugere a força do latente do vir a ser; firme, revela por meio das marcas a memória do que se deixou moldar." [Texto curatorial da exposição da artista Sallisa Rosa no Sesc Pompeia, 2025]

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Conseguiremos através da costura, do bordado, da cerâmica, da conversa, da construção coletiva de insights, ter uma verdadeira experiência de desaceleração?

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Este é o nosso convite!

Nos deixar tombar pela experiência...

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As conversas são mediadas pela artista Fabiana Sakihara, da Maipeesu, e pela psicanalista Débora Andrade do Projeto Instigar.

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Débora Andrade é psicanalista e supervisora clínica. Idealizadora e gestora do Projeto Instigar. Participa do coletivo Por Um Viver Mais Criativo. Fez formação em Psicanálise pelo CEP, aperfeiçoamento em Psicopatologia Psicanalítica e Clínica Contemporânea no Instituto Sedes Sapientiae, e especialização em Administração de Empresas na FGV.

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Fabiana Sakihara é designer de moda, artesã e professora de costura, bordado e Sashiko. Em seu projeto Maipeesu (pessoas que fazem as coisas no seu próprio ritmo, em japonês), usa o têxtil como ferramenta de comunicação e conexão.

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